Postado em 29/01/2019 17:39 - Edição: Bruno Wisniewski
O climatologista reflete sobre os desafios de preservação da floresta e a necessidade de uma agropecuária de carbono neutro
Plantações de soja e milho avançam sobre o território da floresta em Sinop, Mato Grosso. Se o aquecimento na Amazônia passar de 4ºC – já chegou a 1,5ºC –, a floresta pode se transformar em uma savana.
Polêmicas em relação ao meio ambiente marcaram a campanha, a transição e o início do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro. Apoiado pela Frente Parlamentar da Agropecuária, o capitão reformado do Exército questionou os compromissos estabelecidos pelo Acordo de Paris e alinhou-se a um discurso negacionista reforçado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O argumento é de preservar a “soberania nacional”, ao mesmo tempo em que se atribui um “viés ideológico” a instituições ambientais independentes, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Além, é claro, da desistência de sediar a Conferência do Clima da ONU em 2019, a COP-25.
Após ser indicado para ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles declarou que o aquecimento global é uma questão secundária. Em 19 de dezembro de 2018, a Justiça de São Paulo condenou Salles por improbidade administrativa, acusado pelo Ministério Público de fraudar o Plano de Manejo de Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê, em 2016, quando era secretário do Meio Ambiente do estado. Já o novo chanceler Ernesto Araújo acredita que os estudos e a política em relação às mudanças climáticas são influenciados por um “marxismo cultural".
Bolsonaro colocou a comunidade ambiental em alerta já no primeiro dia de governo. Em decreto publicado no Diário Oficial da União, o presidente encarregou o Ministério da Agricultura de identificar, delimitar e demarcar terras indígenas (antes sob responsabilidade da Fundação Nacional do Índio, Funai) e quilombolas (até então feitas pela Fundação Palmares).
A pasta também controlará os licenciamentos ambientais, as políticas de reforma agrária e o Serviço Florestal Brasileiro, órgão com fins, por exemplo, de recuperar vegetações nativas e auxiliar processos de concessão das matas.
Carlos Nobre participa do seminário Prontos para o tempo, preparados para o clima. O climatologista alerta que, caso a lei do "Velho Oeste" volte ao Brasil – com invasão de terras indígenas e públicas–, o meio ambiente pode ser muito prejudicado.
Tais funções serão realizadas pela Secretaria Especial de Assuntos Fundiários, sob o controle de Luiz Antônio Nabhan Garcia. Ele é presidente da União Democrática Ruralista (UDR) e, ao Estadão, avisou que demarcações serão “passadas a limpo”, a exemplo da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima.
“Se a ideia de desmatar o quanto quiser e de invadir terras públicas prosperar, eu vejo com grande preocupação a questão do respeito com os compromissos ambientais”, observa o climatologista Carlos Nobre. O cientista paulistano pesquisa mudanças climáticas e Amazônia há mais de quatro décadas.
Em 1975, após se formar em engenharia eletrônica no Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA), Nobre mudou-se para Manaus para trabalhar no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Entre 1977 e 1982, fez doutorado em meteorologia no Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT), orientado pelo professor Jeff Charney, pioneiro nas pesquisas sobre o aquecimento global. Após os estudos, Nobre tornou-se cientista sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Em paralelo aos trabalhos no Inpe, Nobre deu sequência às pesquisas acadêmicas. Em 1988, como pesquisador da Universidade de Maryland, realizou um estudo inédito sobre os impactos climáticos dos desmatamentos na Amazônia. Em 1991, levantou a possibilidade de a Amazônia deixar de ser floresta para virar uma savana, em um cenário de alta no desmatamento e na temperatura global.
Em 2007, Nobre foi um dos autores do relatório sobre o aquecimento global do Painel Intergovernamental em Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), agraciado com o prêmio Nobel da Paz. Entre outras funções, Nobre é membro da Academia Brasileira de Ciências e foi secretário nacional do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Desde maio de 2018, tornou-se pesquisador colaborador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, cujo objetivo é estabelecer caminhos de desenvolvimento sustentável para o Brasil até 2050.
Na entrevista a seguir, Nobre analisa a postura brasileira no âmbito ambiental; os compromissos do Acordo de Paris; o aumento do risco de savanização da Amazônia; a influência da bancada ruralista no Congresso para afrouxar legislações ambientais; e seu projeto de desenvolvimento sustentável batizado de Terceira Via Amazônica.
“Se a ideia de desmatar o quanto quiser e de invadir terras públicas prosperar, eu vejo com grande preocupação a questão do respeito com os compromissos ambientais.”, diz Carlos Nobre.
No final dos anos 1970, o aquecimento global entrou em pauta na comunidade científica. Desde então, qual tem sido o papel do Brasil?
O Brasil tem uma posição “esquizofrênica”. Diplomaticamente, possui um papel muito importante desde que hospedou a Rio-92. Em 1997, o país propôs o mecanismo de desenvolvimento limpo noProtocolo de Kyoto, que teve efeito a partir de 2005, quando assinado pelos países responsáveis por 55% das emissões mundiais. Depois, hospedou a Rio+20. Hoje, é o país com as mais ambiciosas metas de redução de emissões colocadas em 2015 no Acordo de Paris. No entanto, da Rio-92 até 2005, apresentava uma postura interna muito atrasada, com o propósito de expansão indefinida e irrefreável da fronteira agrícola e do desmatamento.
Na questão dos recursos fósseis, a contradição continua até hoje. Ao avaliar o grande potencial das reservas do pré-sal, o Brasil parte para uma política de uso do combustível fóssil de maneira muito mais intensiva, enquanto diminui a velocidade com que substitui a gasolina pelo bioetanol. Por outro lado, em 2004, o país lançou como política pública o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia Legal, o PPCDAm. Seu enorme impacto talvez seja o que mais projetou o Brasil no cenário político e diplomático mundial em muitas décadas. Com a redução do desmatamento em mais de 70%, o Brasil se tornou um modelo para todos os países tropicais e foi seguido no restante dos países da Amazônia, na África e no Sudeste Asiático.
Apesar disso, nos últimos anos estacionamos com as quedas do desmatamento na Amazônia e no Cerrado. Felizmente elas não atingiram os níveis absurdos de 2005, mas ainda mostraram aumento. Tínhamos alcançado um número de 4.500 km2desmatados na Amazônia, porém já voltamos para quase 8.000 km2 de derrubadas. Portanto, não cumprimos a nossa meta estabelecida em lei em 2010, que as limitavam a 3.900 km2 na Amazônia.
UMA NOVA ESPÉCIE É DESCOBERTA POR DIA NA REGIÃO DA AMAZÔNIA
Estudo feito pela WWF e o Instituto Mamirauá, relatou que 381 novas espécies foram encontradas entre 2014 e 2015.
Em 1988, o senhor analisou de forma pioneira os impactos climáticos do desmatamento na Amazônia. Em 1991, levantou a hipótese da savanização deste bioma. Alguns impactos previstos naquela época já foram sentidos pela floresta?
Nosso conhecimento avançou muito mundialmente. Quando produzi os primeiros estudos, entre 1988 e 1991, aquilo era uma hipótese. Naquela época, os desmatamentos na Amazônia brasileira estavam na faixa de 8%, 9%. Hoje, chegaram a 20%. A hipótese era de que, se a floresta toda fosse desmatada, aconteceria a savanização. Agora, já temos algumas suspeitas de que o processo esteja em curso. O principal fator de preocupação é o aumento da duração da estação seca no sul e no sudeste da Amazônia. Nos últimos 30 anos, a estação seca está em média seis dias mais longa por década. A mais duradoura passou de meio mês. Se continuar assim, aquela região acabará virando uma savana bem degradada.
Alguns lugares do Cerrado têm o mesmo nível de chuva da região de Santarém, na Amazônia – anualmente, um total de 1.800 mm. Se chove o mesmo volume, por que em um lugar se tem floresta e no outro, cerrado? Na região de Santarém a chuva é bem distribuída o ano todo e a estação seca é muito curta. No Cerrado, a precipitação é muito concentrada na estação chuvosa, e depois essas regiões passam por três, quatro meses de chuva zero, enquanto em Santarém chove 80, 100 mm na estação seca. Essa é a grande diferença. Estudos de ecologia começam a mostrar um aumento da mortalidade de algumas espécies de árvores. Então, estamos realmente muito próximos desse ponto de ruptura.
Com nossa política do uso da terra no Brasil, podemos evitar dois dos três fatores que levam à savanização. Primeiro, temos que zerar o desmatamento rapidamente. Na COP-24 na Polônia, o grupo do qual faço parte, chamado Coalizão Brasil, lançou um documento mostrando que podemos zerar o desmatamento em todos os biomas, por meio de uma agricultura muito mais produtiva. Segundo ponto: reduzir o uso do fogo na agricultura, que tem aumentado o risco da savanização. Temos visto muito mais incêndios florestais hoje do que dez, 20 anos atrás. O terceiro fator está fora do nosso controle: o aquecimento global. Mesmo se reduzirmos a zero as emissões do Brasil, ainda dependemos que o resto do mundo faça o mesmo.
Nos nossos cálculos, se o aquecimento na Amazônia passar de 4ºC – já chegou a 1,5ºC –, teremos essa grande mudança do bioma para a savana. Seria um caso extremo, no qual as emissões continuariam como estão por 40, 50 anos. Recentemente, escrevemos um alerta na Science Advances de que não deveríamos deixar o desmatamento passar de 20%, 25% na Bacia Amazônica como um todo. Já chegou a 17% na internacional; na parte brasileira, a 20%.
Fumaça da queima de árvores encobre trecho da floresta Amazônica no Mato Grosso. "Infelizmente, temos um setor numericamente expressivo que ainda possui uma visão de expansão continuada da fronteira agrícola, sobretudo da pecuária. ", diz Carlos Nobre.
Como a Amazônia produz aproximadamente metade das próprias chuvas, fator essencial para a conservação do bioma?
Por dois fatores importantes. Durante a estação que chove menos, a gramínea [vegetação típica das pastagens] diminui bastante sua vapotranspiração, ou seja, o vapor de água lançado para a atmosfera cai pela metade. Já a floresta acessa aquela água que caiu durante a estação chuvosa e foi para o fundo, por meio das raízes profundas. Há décadas observamos que as florestas transpiram mais na estação seca do que na chuvosa. E o fluxo de vapor d’água é muito importante para contribuir para a formação de chuva.
Outro fator importante é que a floresta tem uma superfície bem rugosa para o fluxo de vento. O topo da gramínea não é homogêneo, portanto o vento também sobe e desce, mas com variação muito pequena. A floresta tem uma irregularidade da superfície maior, que chamamos de rugosidade. O vento não consegue ficar horizontal. Passa por cima de uma árvore muito alta, depois cai. Isso gera muita turbulência com a superfície, que mistura o ar e facilita a transpiração e a diminuição da temperatura. O sol aqueceu o topo, os galhos, as folhas de uma árvore. O vento pega aquele ar quente e joga para cima. Aí vem um ar um pouco mais frio, que será aquecido de novo.
Se colocar uma floresta e uma pastagem na Amazônia, lado a lado, com a mesma chuva e o mesmo clima, a temperatura máxima da floresta será de 2ºC a 3ºC menor que a da pastagem. E a evaporação da floresta será de 30% a 50% superior. Essas fontes geram as chuvas principalmente na estação seca. São precipitações locais, de 2 mm a 5 mm, mas muito frequentes e importantes para a manutenção da floresta.
Que impactos esse ponto de inflexão traria não apenas para a Amazônia, mas para o Brasil?
O ponto de ruptura para a savanização da Amazônia não aconteceria da noite para o dia, mas de uma década a outra. Estimamos que, uma vez ultrapassado o limite do desmatamento, leva-se entre 20 e 50 anos para ocorrer essa substituição. E a savana virá de forma irreversível, porque será o bioma em equilíbrio para o novo clima. Ao diminuir as chuvas locais, reduzirá também a vazão dos rios.
Em um total desmatamento da Amazônia, ou seja, na substituição de floresta por pastagem, há boas evidências de que haveria uma alteração das chuvas no inverno no sul da Bacia do Prata, no sul do Paraguai e do Uruguai, no sul do Brasil e no centro-leste da Argentina. Nessas regiões, há uma correlação de fluxo do vapor d’água que sai da Amazônia e segue ao sul, paralelo aos Andes, e abastece os sistemas de chuva.
Ainda não sabemos o impacto no Sudeste. Durante o verão, temos uma estação chuvosa muito pronunciada, sendo que 65% do vapor d’água vem do Atlântico. Uma parte menor vem da Amazônia. Pode até ter impacto, porque a mudança das chuvas da Amazônia, com o desmatamento, altera as circulações tropicais. O efeito nessa relação seria menor, mas pode existir, porque as chuvas de verão diminuiriam. Mas ainda há incerteza científica, pois os modelos computacionais não concordam totalmente. Precisamos avançar nesse conhecimento científico.
“Devemos nos tornar muito mais rigorosos em exigir nossos direitos. Se houver movimentos no Congresso para mudar a legislação ambiental e enfraquecer a regulamentação que torna ilegal desmatamentos e queimadas, a população tem que reagir.”
Como o senhor observa os compromissos assumidos no Acordo de Paris mundialmente, assim como especificamente os do Brasil?
Primeiro, os compromissos até 2030 levariam o planeta a aumentar sua temperatura na faixa de 2,8ºC a 3,3ºC até o final do século, e continuaria subindo. As metas estão muito longe de garantir que ficaremos dentro dos 2ºC, muito menos de 1,5ºC. Alguns países estão nas trajetórias das contribuições nacionalmente determinadas, inclusive os Estados Unidos. Por mais que o presidente Donald Trump tenha ameaçado tirar o país do Acordo de Paris, as emissões americanas diminuíram em 2017 na mesma taxa dos últimos dez anos e estudos preliminares afirmam que a redução continuou em 2018.
As metas do Brasil para 2025 e 2030 são as mais ambiciosas entre os países em desenvolvimento: até 2025, 37% de redução das emissões em relação a 2005 e 43% de redução até 2030. Estados Unidos, China (a maior emissora) e Índia, a terceira, colocaram metas relativas. Até 2030, apenas prometem parar o aumento das emissões.
Enquanto os desmatamentos despencavam, o Brasil praticamente garantia sua trajetória correta. Mas depois de 2014 os desmatamentos estacionaram e, nos últimos anos, voltaram a aumentar. Já as emissões por queima de combustíveis fósseis aumentaram um pouco. Em 2014 e 2015, as secas interromperam a operação de muitas hidrelétricas, então as termelétricas entraram em máxima potência. As usinas eólicas têm se inserido muito rapidamente, mas ainda em um percentual pequeno no quadro de energia total – nem 10% da eletricidade. Já é importante, mas não o suficiente para garantir que as emissões provocadas pelos setores de energia e transportes sinalizassem uma tendência de queda.
Os desafios são maiores em outras áreas, como a redução das emissões na agricultura. A boa notícia é que elas vêm subindo em uma proporção menor do que o aumento do PIB agrícola. Em outras palavras, o setor econômico agropecuário está ficando mais eficiente, emite menos para produzir a mesma quantidade de produtos. Então, o Brasil pode cumprir seus compromissos até 2025, 2030? Pode, se reduzir drasticamente os desmatamentos.
No discurso de campanha, o presidente eleito Jair Bolsonaro sinalizava tirar o país do Acordo de Paris, pois, na opinião dele, os compromissos iam contra a “soberania nacional”. Que impactos sociais, ambientais e econômicos uma possível saída do Brasil do Acordo de Paris poderia trazer?
Olha, de fato essa possibilidade já foi descartada pela equipe do novo governo. Mas me pergunto se haverá alguma vacilação do governo para atingir as metas. Nos Estados Unidos, a vacilação do presidente Trump não teve muito impacto, porque lá o principal fator de emissão é a queima de combustíveis fósseis (80%). Nos EUA, já começou uma onda muito forte de substituição por fontes renováveis – eólica e solar. É um movimento enorme na economia americana, que gera centenas de milhares de empregos por ano e os preços são competitivos. Liderados pela Califórnia e por Nova York, 17 estados americanos assinaram compromissos rigorosos.
No Brasil é diferente, porque aqui 65% das emissões vêm de desmatamentos e agricultura. Então, temos que reduzir os desmatamentos e tornar nossa agricultura mais neutra. Se houver sinalização de que o “Velho Oeste” voltará a imperar no Brasil, se a ideia de desmatar o quanto quiser e de invadir terras públicas prosperar, eu vejo com grande preocupação a questão do respeito aos compromissos ambientais.
É lógico que o governo federal é muito importante para isso, mas temos instituições independentes. Se o Brasil quiser alguma perspectiva de melhora nos próximos anos e décadas, precisa respeitar a lei, a partir do Ministério Público, das atividades da Polícia Federal desbaratando quadrilhas, crime organizado e corrupção em todos os níveis (empresarial, governamental), que estão na raiz da invasão de terras públicas, do desmatamento, do roubo de madeira. Então, independente do presidente, do governo e dos ministros, temos que observar que o Brasil já adquiriu certa estatura de órgãos independentes que realizam sua missão de acordo com o que reza a Constituição.
E dependemos muito da população. Devemos nos tornar muito mais rigorosos em exigir nossos direitos. Se houver movimentos no Congresso para mudar a legislação ambiental e enfraquecer a regulamentação que torna ilegal desmatamentos e queimadas, a população tem que reagir. Se os deputados não seguirem a vontade da maioria, o que é essencial em uma democracia, a população não só não deve reelegê-los daqui a quatro anos, mas também tem que cobrar. Isso é muito importante e não tem ideologia. Não é uma questão ideológica, de direita, de esquerda, de centro… É uma vontade muito manifesta da população brasileira que o Congresso tem que respeitar.
O ministro do Meio Ambiente lançou recentemente os números do desmatamento em 2017, mostrando um aumento de quase 14% em relação ao período anterior. Ele falou que quase todo aquele desmatamento era ilegal, sem autorização nem em áreas onde a derrubada é permitida por lei. Quer dizer, existe um clima de grande ilegalidade por trás dos desmatamentos e das queimadas, e é isso que realmente temos que combater.
Matéria feita Por Kevin Damasio
Ref.: https://www.nationalgeographicbrasil.com
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