Postado em 27/08/2018 16:00 - Edição: Marcos Sefrin
Durante décadas, estudos sugeriram que existe uma ligação entre a febre infecciosa e um menor risco de câncer.
Ainda não há provas para a teoria, mas parece que já existe um forte argumento para acreditarmos nela.
Pelo menos é o que garantem cientistas da Universidade Nicolaus Copernicus, na Polônia, em um artigo publicado na revista The Quarterly Review of Biology.
E eles não são os primeiros a propor que o sistema imunológico aumenta a resistência ao câncer cada vez que o corpo combate uma febre contagiosa.
"Várias hipóteses foram apresentadas até agora", revelaram eles.
Primeiro, é preciso saber o que é exatamente a febre infecciosa e o efeito dela no organismo humano.
Uma febre infecciosa é uma "reação defensiva e adaptativa" do sistema imunológico, que é desencadeada quando ele encontra um padrão molecular específico, como o de um vírus ou bactéria.
O reconhecimento do padrão molecular envolve o "sistema febril" do corpo, que compreende vários mecanismos, como os de termorregulação,
que aumentam a temperatura central e a liberação de citocinas para redirecionar energia e recursos para o sistema imunológico.
As citocinas são moléculas que participam da comunicação entre as células e desempenham um papel particularmente importante na regulação do sistema imunológico,
acelerando o processo inflamatório para lidar com infecções e também para iniciar o processo de cicatrização.
Durante o estado febril, há também um aumento acentuado de células imunes defensivas chamadas efetoras.
Essas células efetoras incluem células T gama-delta (linfócitos), que possuem alto efeito anti-infeccioso e antitumoral, observam os autores do artigo.
Segundo os cientistas, as repetidas reações de febre à infecção aguda aumentam a capacidade das células T gama-delta (linfócitos) de detectar células anormais e cultivar ambientes que as destruam.
Mas como isso acontece, afinal?
As células de defesa têm características únicas - incluindo uma "memória mais antiga" - que permite que elas realizem vigilância e ataquem as células cancerosas.
Podem ser destruídas células de muitos tipos diferentes de câncer, incluindo, os de melanoma, sarcoma, carcinoma, linfoma e o da próstata.
Incrível, não é!?
Além disso, as células de defesa devem ser investigadas também para uso em imunoterapia, segundo os cientistas.
Depois de revisar todas as evidências, os autores do artigo - “A febre infecciosa torna nossos corpos mais resistentes ao câncer, aumentando e fortalecendo um grupo particular de células no sistema imunológico”
-descobriram que a fisiologia única dos linfócitos T [gama-delta] torna-os um alvo para a exploração no contexto de febre e prevenção do câncer.
Além disso, projeta um futuro ainda mais promissor para a imunoterapia contra o câncer.
Este blog de notícias sobre tratamentos naturais não substitui um especialista. Consulte sempre seu médico.
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