Postado em 23/04/2019 10:19 - Edição: Marcos Sefrin
Confundir potência com tensão e colocar luz de cores incompatíveis com os ambientes são alguns dos equívocos que atrapalham o consumidor na escolha da lâmpada.
Pensando nisso, preparamos algumas orientações para auxiliar o consumidor na hora da compra.
Temperatura de Cor
Cor da luz – branca ou amarela?
A cor da luz é diferente da cor da lâmpada. A cor da luz pode ser branca ou amarela, servindo para distinguir um branco mais intenso do mais suave.
As lâmpadas com temperatura de cor branca são indicadas para cozinhas, banheiros e áreas de serviço. As amarelas são mais indicadas para ambientes aconchegantes, como salas e quartos. Há quem use o quarto para trabalhar, ou tenha um escritório. Nesses ambientes é mais indicado utilizar lâmpadas brancas, sem se esquecer da luminária para não prejudicar a leitura e exposição na frente do computador.
Para comprar a cor da lâmpada corretamente, é preciso identificar na embalagem a temperatura de cor, medida em Kelvin (K). Essa informação tem destaque na frente da embalagem. A escala de temperatura de cor é bem grande mas, em geral, a lâmpada branca tem temperatura de cor de aproximadamente 6500K e a amarela de 2700K, mais ou menos.
Índice de Reprodução de Cor
Já reparou como a cor de um objeto muda dependendo da luz do ambiente?
Toda fonte de luz possui um índice de reprodução de cor (IRC), que mostra a fidelidade da cor do objeto iluminado. Quando é necessário enxergar as cores dos alimentos, a luz é primordial para uma boa escolha no supermercado, por exemplo. Em casa, ninguém quer ficar com aquela sensação de que escolheu errado no mercado.
A informação vem em uma escala de 0 a 100, sendo que 100 é o melhor índice, comparável ao da luz do sol, livre de interferência climática, ao meio-dia. Para a iluminação artificial, os mesmos valores são atribuídos, sendo considerada como boa iluminação índice acima de 70. A maioria das lâmpadas fluorescentes compactas possui fator de 80, enquanto as halógenas, apesar de consumirem mais energia e esquentarem mais, têm o valor 100.
É indicado o uso de lâmpadas que disponham de elevado IRC em luminárias dirigidas a balcões e pias, na cozinha, para visualizar os alimentos; e em quadros e obras de arte (neste caso, tomar cuidado com a tecnologia escolhida para que o calor que a lâmpada emite não danifique o material).
Tensão
É muito comum as pessoas, na hora de comprar lâmpada, confundirem tensão (Volts) com potência (Watts).
Tensão (V) é o que alimenta a lâmpada, que pode ser de 127V e 220V – e somente esses valores, no caso de corrente alternada residencial. No caso de corrente contínua (bateria ou energia solar), essa tensão é de 12V ou 24V. Se ligar uma lâmpada de 127V em 220V, ela queimará. Já uma lâmpada de 220V quando colocada em soquete 127V, acenderá, mas ficará bem fraca.
Potência
Com tantos watts e volts é fácil confundir a potência com a tensão.
A potência (watts) da lâmpada indica o consumo de energia. Ela não é a alimentação da lâmpada, nem expressa diretamente a sua luminosidade, mas o quanto ela gasta.
Uma lâmpada com mais potência gasta mais energia, o que significa uma conta de luz mais alta no final do mês. Com menor potência, a lâmpada fluorescente reduz seu consumo de energia em até cinco vezes, com uma economia de mensal de R$ 2,70 em sua conta de luz por lâmpada (considerando o Kw/h a R$0,40 com 5 horas de uso ao dia).
Com a economia financeira gerada nesta substituição, o investimento inicial feito na compra da lâmpada se paga em até três meses. Por exemplo: adotando uma lâmpada fluorescente compacta de 15W no lugar de uma incandescente de 60W.
Incandescente (comum)
60W x R$0,40 x 5h/dia/1000 = R$ 0,12 (dia)
R$ 0,12 X 30 dias = R$ 3,60
Fluorescente compacta
15W x R$0,40 x 5h/dia/1000 = R$ 0,03 (dia)
R$ 0,03 X 30 dias = R$ 0,90
Fluxo Luminoso
Se a potência indica o consumo de energia, então o que expressa na realidade a luminosidade da lâmpada?
O velho hábito de comparar a luminosidade da lâmpada pela potência (watts) e não pelo fluxo luminoso (lúmens) provoca um equívoco na compra. Há uma regra de equivalência do próprio Inmetro para isso, mas a potência, conforme já mencionado, indica o consumo de energia da lâmpada.
O fluxo luminoso é a quantidade de luz total emitida em todas as direções por uma fonte luminosa, expressa em lumen (lm). É esse índice que diz o quanto uma lâmpada ilumina. Essa informação está presente na embalagem da lâmpada.
A lógica dessa conta de equivalência funciona da seguinte forma: uma lâmpada incandescente de 100W tem 1500 lm de fluxo luminoso, que é proporcional a uma lâmpada fluorescente compacta de 25W, com também 1500 lm. Para mais informações a respeito, veja o post do blog da Lâmpadas Golden, que explica como encontrar essa informação na embalagem – e porque ela não tem tanto destaque.
Outro conceito interessante que ajuda o consumidor a saber o quanto a lâmpada é eficiente, ou seja, se ela ilumina bem de acordo com o consumo que ela tem. A eficiência luminosa (lm/W) expressa a luminosidade da lâmpada (fluxo luminoso) por watt consumido, portanto, quanto mais eficiência luminosa ela tiver, mais eficácia ela tem.
Leandro de Barros, especialista em iluminação da Lâmpadas Golden (www.golden.blog.br)
Ref.: http://www.forumdaconstrucao.com.br
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