Postado em 05/03/2019 18:29 - Edição: Bruno Wisniewski
O sonho de todas as pessoas do mundo é ter uma casa ecológica, ou pelo menos fazer com que sua casa se torne menos poluente ao meio ambiente. Quando se sonha com a casa ideal, pensa-se num lugar belo e agradável, luminoso, quente no Inverno e fresca no Verão, com o ar puro, de fácil manutenção, respeitosa com o meio ambiente e que seja capaz de produzir a energia que consome.
Assim como, a possibilidade de aproveitamento da água existente no terreno e como o armazenamento da água das chuvas. Atualmente, só se ouve falar em medidas para diminuir a poluição no mundo. Neste artigo vamos mostrar um pouco das casas ecológicas, como são feitas, quanto é gasto em média nos materiais usados.
Para começar, o que é uma casa ecológica?
Uma casa ecológica é uma casa saudável que respeita o ambiente e tira maior partido do que a natureza dá. Por exemplo, uma casa com orientação a sul permite um maior aproveitamento da energia e luminosidade do sol. A escolha do isolamento térmico adequado é igualmente determinante, evitando perdas de calor no Inverno e ganhos de calor no Verão. Os materiais de construção são uma componente importante numa casa ecológica. Existem diversos materiais aconselhados, de baixo impacte ambiental na produção e ao longo da vida útil: cerâmica, isolamentos naturais (feitos de fibras vegetais, cânhamo e celulose), tintas biológicas, cal, vidro, ferro, cobre, plásticos ecológicos e pedra.
Como é feita uma casa ecológica?
As casas ecológicas têm de ter em conta a orientação da construção, do terreno e da natureza que o rodeia, e devem ser criadas para serem auto-suficientes. As construções ecológicas estão na moda nos países mais avançados e ajudam a preservar o meio ambiente. Por exemplo: Uma bela construção em madeira deve utilizar madeiras como certificado de origem correto, podendo ser construída sobre uma base de rochas da região (granitos, calcários, xistos, etc.). Para manter a casa a uma temperatura equilibrada e para o aquecimento de água, podem-se utilizar as energias oriundas da biomassa, geotérmica e/ou painéis solares. A energia elétrica pode ser reduzida através de painéis fotovoltaicos, aerogeradores e turbinas (se existir no local uma corrente de água).
Bioconstrução: A bioconstrução encarrega-se de encontrar a harmonia entre a tecnologia, a estética e a funcionalidade, que se integra, por sua vez, no meio ambiente natural ou urbano. O objetivo é satisfazer as necessidades humanas em condições saudáveis, guiando-se por um critério estrito de sustentabilidade e respeito com o meio ambiente.
Na hora de promover a construção de uma edificação sustentável, deve-se ter em conta o local, realização uma avaliação meio ambiental e procurando o aproveitamento das energias passivas. A estética deve ser integrada na paisagem ou na arquitetura local. Os sistemas de construção devem estar de acordo com o lugar e os materiais devem ser saudáveis.
Deve-se conseguir um conforto térmico e acústico, com um ótimo consumo energético, em que a geração de resíduos seja mínima e que nesta estejam previstos métodos de reciclagem. É necessário cuidar da qualidade do ar e deve-se compensar a estética interior com a funcionalidade, tendo em conta a cor, a luz, os espaços e as dimensões.
Em conclusão, a bioconstrução deve contemplar o aproveitamento do meio natural sem causar prejuízo algum sobre a sustentabilidade, devendo aplicar o desenvolvimento tecnológico para a concretização de uma maior poupança energética e a diminuição dos resíduos, sem esquecer o aspecto estético, um dos vários fatores que determinam a habitação.
Iluminação Zenital: As lajes da casa ecológica são produzidas com um dispositivo inédito de iluminação Zenital. Por ser acoplado às luminárias dispostas no teto da residência, este processo, reflete os raios solares sobre a superfície de globos leitosos, propiciando uma iluminação natural durante o dia, economizando energia despendida com lâmpadas convencionais.
Energia limpa: Há duas formas mais fáceis de conseguir energia limpa, uma delas é a energia eólica, energia que provém do vento. A energia eólica pode ser considerada uma das mais promissoras fontes naturais de energia, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota, limpa, amplamente distribuída globalmente e, se utilizada para substituir fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução do efeito estufa. A energia eólica transforma a rotação das ventoinhas em energia mecânica. A força da rotação é enviada para um gerador que transforma por sua vez energia mecânica em energia elétrica.
Outra forma são os painéis solares: Basicamente, dispositivos utilizados para converter a energia da luz do Sol em energia elétrica. O dispositivo também é conhecido como “Painel Solar Fotovoltaico”. A composição de um painel solar consiste em células fotovoltaicas, estas com a propriedade de ter sensibilidade de absorver a energia solar e gerar a eletricidade em duas camadas opostas.
Estas são duas formas de usar energia de forma sustentável, ou seja, a casa ser capaz de produzir sua própria energia.
Ecologia: A construção de casas de madeira é sem dúvida um dos sistemas de construção mais respeitosos para o meio ambiente. A madeira é um dos materiais de construção mais nobres, é natural e renovável, e o seu processo de transformação é simples, usando pouca energia em comparação com os materiais de construção tradicionais.
Há muitas formas ainda de usar materiais e ideias que possam ajudar na redução de dejetos e evitar desperdícios.
Um pouco dos materiais para construção da casa:
Energia solar para aquecer a água: com essa “mini-usina” caseira gasta-se 30% menos energia elétrica. Custa em torno de 7000 reais a mais em construções novas. Com a economia na conta de luz, o investimento se paga em dois anos. Uma ressalva: o sistema não dá conta das baixas temperaturas, quando é necessário recorrer ao aquecimento elétrico.
Sistema de captação da água da chuva: numa região chuvosa, a metade da água necessária para uma família pode vir deste sistema. Custa em torno de 5000 reais (para uma casa de 100 metros quadrados). Compensa investir no sistema. Além de ajudar a economizar na conta, é garantia de abastecimento de água para o futuro, quando esse pode se tornar um item mais escasso - e caro.
Lâmpadas fluorescentes: Sempre utilizar este tipo de iluminação. Apesar de custarem mais, duram muito mais tempo e consomem até 90% menos de energia (com mesma iluminação).
Estamos convencidos de que a casa ecológica deve ser mais barata – apesar de ser considerada muitas vezes como artigo de moda e isso tornar seu preço mais caro. Além disso, existem os custos não compatibilizados – que decorrem do processo de extração, uso e manutenção dos materiais utilizados – que favorecem o uso de biomateriais em relação aos materiais de origem petroquímica.
Existem também diferenças quanto a expectativa de duração da casa. Na Europa as casas são pensadas para gerações futuras (maior duração). Nos EUA, a maior parte das casas são de madeira (menor duração). Não sabemos qual a concepção predominante no Brasil…
Casa ecológica faz família gerar pouco lixo
Os Lindell, uma típica família da classe média da Suécia, aceitou o desafio de reduzir as emissões individuais de cada um dos seus quatro integrantes de 6 ou 7 toneladas/ano para apenas uma. Para isso, se mudaram por seis meses para uma casa ecológica nos arredores de Estocolmo. A construção tem paredes triplas, superisolamento térmico e células fotovoltaicas que – mesmo no alto do hemisfério norte – devem fornecer toda a energia necessária. Deve sobrar eletricidade até para alimentar um carro. Mas a família vai ter que fazer sacrifícios.
“O projeto se chama Vida de Uma Tonelada (One Tonne Life) e é um desafio para a família viver da forma mais climaticamente correta, reduzindo a pegada de carbono anual para o equivalente a uma tonelada de carbono por pessoa”, afirmou o pai, Niels Lindell. A comida consumida, as roupas e até os móveis que forem comprados entram no cálculo de carbono utilizado.
Americano constrói casas ecológicas feitas de lixo
O construtor de casas americano Dan Philips transforma lixo em moradias, criando mosaicos sinuosos no piso com restos de madeira, balcões de cozinha feitos de ossos de marfim coloridos e telhados feitos de placas de carro. Elas são feitas quase que totalmente com materiais que geralmente acabariam em um depósito de lixo. Ele explica que “as pessoas vêm fazendo isso há centenas de milhares de anos: usando o que estiver disponível para construir um abrigo”.
- Se você pensar em tudo que pode ser usado, então pode usar qualquer coisa numa construção.
Philips fundou sua empresa, a Phoenix Commotion, há 12 anos, com o objetivo de criar um novo modelo de habitação sustentável e acessível. Até agora, a empresa já construiu 13 casas. A Phoenix Commotion opera como se fosse uma organização sem fins lucrativos, com o objetivo de resolver problemas sociais. Por US$ 10 mil, ela constrói casas acessíveis para pais solteiros, famílias de baixa renda e artistas.
Cada casa possui uma alta eficiência energética, aquecedor solar de água quente e um sistema de captação que recicla água da chuva para dar descarga e para lavar roupas. Philips contrata pedreiros sem experiência, ensina-lhes tarefas exigidas pelo mercado e os ajuda a conseguir trabalho.
A companhia tem desviado centenas de toneladas de sobras de construção de aterros, reciclando os materiais em estruturas habitáveis. Tanto material de construção chega à Phoenix Commotion que o armazenamento é um problema constante.
Fonte:www.dasolabrava.org.br
Ref.: http://forumdaconstrucao.com.br
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