Postado em 02/08/2018 13:34 - Edição: Marcos Sefrin
Cascavel tem mais de 16,5 mil crianças para imunizar contra a pólio e o sarampo
A Campanha nacional de vacinação começa segunda-feira (6) e continua até o fim deste mês, com Dia D de vacinação já marcado para 18 de agosto
O Ministério da Saúde, junto com as secretarias estaduais e municipais de Saúde, realiza de 6 a 31 de agosto a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e contra o Sarampo, tendo como dia de divulgação e de mobilização nacional 18 de agosto. Essas estratégias têm como objetivo manter elevada cobertura vacinal contra a poliomielite nos municípios, visando evitar a reintrodução do vírus selvagem da poliomielite, bem como vacinar os menores de cinco anos de idade contra o sarampo e a rubéola, para manter o estado de eliminação dessas doenças no país.
A população-alvo desta ação é composta de crianças de um ano até quatro anos 11 meses e 29 dias, correspondendo a 11.213.278 crianças em todo o Brasil. A meta mínima a ser alcançada corresponde a 95% de cobertura vacinal contra poliomielite e sarampo. Em Cascavel, são 16.513 crianças nessa faixa etária a serem imunizadas.
De acordo com a coordenadora do Departamento de Imunização da Secretaria de Saúde de Cascavel, Cristina Carnaval, em nossa cidade vários parceiros estão aderindo à mobilização, como os clubes rotários. Adultos que procurarem as unidades de saúde terão acesso à vacina tríplice virial, mas não fazem parte da campanha.
Luta antiga
As campanhas contra poliomielite foram iniciadas na década de 1980, estando o Brasil livre da doença desde 1990. Com relação às campanhas contra o sarampo, estas são realizadas desde 1995, com a vacinação de população-alvo específica que, na grande maioria das vezes abrange as crianças de um a quatro anos de idade.
A poliomielite e o sarampo são doenças de notificação compulsória e o País tem compromissos internacionais para erradicar e eliminar, respectivamente, estas doenças. No que se refere à poliomielite, esta é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. Acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principais características a flacidez muscular, com sensibilidade preservada, e a arreflexia no segmento atingido.
A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus. O último caso de poliomielite no Brasil ocorreu em 1989 e desde 1990, não são registrados casos da doença, que é grave e foi responsável por danos irreversíveis para milhares de crianças no mundo. As ações de prevenção e controle, em especial a vacinação, contribuíram para que, em 1994, o país recebesse da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) a Certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem do seu território, juntamente com os demais países das Américas.
Apesar dos progressos alcançados desde o início do programa global de erradicação da poliomielite, a doença permanece endêmica em três países (Afeganistão, Nigéria e Paquistão). Além disso, outros são considerados de risco para o agravo, especialmente naqueles com baixa cobertura vacinal, bolsões de não vacinados e que mantêm viagens internacionais ou relações comerciais com estes países.
Sobre o sarampo
O sarampo é uma doença infecciosa exantemática aguda, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbito, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias, no período de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após.
Apesar dos esforços empreendidos desde o início do programa de eliminação da doença, nos últimos anos, casos de sarampo têm sido reportados em várias partes do mundo e segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), muitos países permanecem endêmicos para o sarampo, principalmente aqueles com baixa cobertura vacinal e bolsões de não vacinados.
Desse modo, reforça-se a necessidade da realização da campanha contra a poliomielite e contra o sarampo, a fim de captar crianças ainda não vacinadas ou que não obtiveram resposta imunológica satisfatória à vacinação, minimizando o risco de adoecimento dessas crianças e, consequentemente, reduzindo ou eliminando os bolsões não vacinados.
Diante deste quadro mundial, há necessidade da união de esforços para manutenção do País livre dessas doenças. As coberturas vacinais municipais ainda são heterogêneas no Brasil, podendo levar à formação de bolsões de pessoas não vacinadas, possibilitando, assim, a reintrodução dos poliovírus e sarampo (comprometendo o processo de certificação de eliminação).
Ref.: http://www.cascavel.pr.gov.br
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