Postado em 18/12/2018 15:13 - Edição: Marcos Sefrin
Em julho de 1998, faltando apenas quatro meses para a eleição, o pedágio começaria a ser cobrado nas estradas do Anel de Integração. A grita contra as altas tarifas fixadas nos contratos de concessão era enorme. Jaime Lerner era candidato à reeleição ao governo do estado e poderia ser derrotado em razão dos protestos e do aproveitamento político que se faria durante a campanha que estava prestes a se iniciar.
O deputado Anibal Khoury, que apoiava Lerner e pressentia a derrota caso as tarifas fossem mantidas, foi ao Palácio Iguaçu e convenceu o governador a reduzi-las em 50%. O ambicioso programa de obras, que previa a duplicação da maior parte dos 2.500 quilômetros de rodovias do Anel, também foi reduzido à metade ou teve o cronograma de realizações retardado para o fim dos contratos.
Lerner ganhou a eleição, mas causou o primeiro desequilíbrio nas contas da remuneração esperada pelas concessionárias. E de lá até os dias atuais nunca mais as coisas se resolveram. Cinco governos depois e agora faltando apenas quatro anos para o fim dos contratos, as pendências ainda são enormes e de difícil solução.
Poucos dias antes do início da cobrança, Lerner foi entrevista na TV Bandeirantes pelo jornalista José Wille. O governador defendia o pedágio e argumentava contra os “politiqueiros” que não queriam reconhecer que a concessão traria mais benefícios para os usuários, transportadores e consumidores em geral do que a manutenção das velhas rodovias federais que se encontravam em estado deplorável.
Assista o Vídeo da entrevista https://youtu.be/EO49u9aEudI
Ref.: https://contraponto.jor.br/
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