Postado em 23/06/2020 15:42 - Edição: Marcos Sefrin
A moto bem amada, carismática e cheia de personalidade
A Vespinha nunca envelhece e tem uma trajetória de muito sucesso, principalmente para os que tem bom gosto, vaidade e personalidade
Para muitos, além de prática, a Vespa é o melhor veículo que se pode comprar quando o assunto é beleza
Hoje falaremos dela, a “bella ragazza” Vespa. Um ícone atemporal que percorreu a história da Itália e conquistou o mundo. Presente até nos filmes, é um mito que tem mais de meio século de vida e que ainda hoje representa o “Made in Italy” no mundo. E além disso tudo, desde sempre foi associada às pessoas de bom gosto e com muita personalidade. Desse modo, tornou-se o scooter mais difundido no mundo.
Nasceu da reunião de dois homens. Enrico Piaggio, empresário qualificado, e Corradino D'Ascanio, um brilhante designer. Inicialmente, foi chamada de Pato Donald, mas Enrico Piaggio, vendo isso, disse: "Parece uma vespa. E Vespa será. 80 mil liras para um sonho de liberdade a 60 quilômetros por hora". Tal como quando acordamos bem, em um belo dia, e tudo o que fazemos dali para frente são só flores, ambos os profissionais colocaram muita energia, lá no início dos anos 40, e o resultado todos nós conhecemos.
Projeto Vespa posto em prática
Início de uma grande história. Eis o primeiro modelo da Vespa, lançado em 1946
Desde a sua criação, a marca estava muito atenta à comunicação do produto. O primeiro cartaz publicitário chegou em 1946, quando foi lançada ao mercado. Nele, estava uma mulher andando de patinete. Mas não qualquer mulher, e sim uma trabalhadora. É definitivamente uma mensagem antecipatória, num país onde as mulheres acabaram de votar pela primeira vez.
E o impacto disso foi tamanho, que se cada país tinha o seu “Fusca” - a França com o Citroën 2CV, o Reino Unido com o Morris Mini (o primeiro Mini Cooper), os EUA com o Ford Model T e a própria Itália com o Fiat Topolino e Nuova 500 - a Vespinha acabou se tornando o “Fusca” das motos. Mas não só no seu lugar de origem, como também em todo o mundo.
No filme, a Vespa sempre era usada para levar os personagens às diferentes aventuras em Roma (Itália)
Entretanto, isso não aconteceria com tanta força se não fosse pelo cinema, que desde sempre explora diversos meios artísticos e também funciona como forma de comunicação internacional. Nesse universo, o pequeno scooter aparece em muitos filmes e cartões postais da Itália. Em particular, o filme Roman Holiday (A princesa e o Plebeu - 1953), de William Wyler, estrelado pela rainha da moda Audrey Hepburn e Gregory Peck, que cruza a capital italiana em uma Vespa branca. Uma vez que os personagens e a motocicleta pareciam ter sido feitos uns para os outros, o filme se transformou em um verdadeiro spot publicitário para o fabricante.
Como vai a Vespa no Brasil?
Vespa Classiv VXL, que aposta no visual retrô, com mecânica moderna
A primeira vez que a moto italiana foi montada no Brasil foi em 1958, quando os modelos M3 e M4 foram feitos pela empresa carioca Panauto, com motor dois tempos, de 150 cc. Depois, a partir de 1974, o scooter passou a ser montada na Zona Franca de Manaus (AM) a partir de 1974, nos modelos Ciao 50 e 150 Super durante 10 anos até que as marcas Caloi e Piaggio se uniram para formar a Motovespa .
Então apareceu o modelo PX , com motor de 198 cc, equipado com ignição eletrônica que funcionava com câmbio de 4 marchas. Suas vendas foram crescendo no Brasil e atingiram o auge em 1986, quando a Vespa se tornou a segunda marca de scooters mais vendida no Brasil, atrás apenas da Yamaha.
Vespa Classic SXL, com uma repaginada no visual, evidente principalmente pelo farol aquadradado
Mesmo com o lançamento de concorrentes mais modernos, a Vespa mantinha seu público fiel, mas não resistiu por um lugar de destaque no mercado. A partir de 1987 suas vendas foram caindo até o final da produção no Brasil, em 1990. Depois disso, até 2016, a marca chegou a vender no País apenas unidades importadas.
Atualmente, só dois modelos compõem a linha da marca por aqui. Entre elas, a Vespa Classic VXL (R$ 19.880) e a Classic SXL (R$ 19.990). Ambas são modernas, uma vez que contam com motor de 150 cc com 11,6 cv, injeção eletrônica de combustível, câmbio automático CVT, partida elétrica e computador de bordo digital.
Futuro da Vespa
Recentemente, a marca anunciou a sua última novidade: a Vespa Elettrica . Como o nome entrega, é equipada com um motor elétrico capaz de percorrer até 100 km antes da próxima recarga. Com isso, ela ganha mais conforto e suavidade durante o uso, além de contribuir com as reduções de emissão de poluentes ao meio ambiente.
Ela necessita de 4 horas de recarga após zerar os níveis de energia e, infelizmente, após 1000 ciclos, sua autonomia decai até 20% na capacidade de armazenamento, antes de completar o total de 10 anos de vida útil. Os principais motivos para essa perda gradual da durabilidade se deve ao patamar atual de desenvolvimento das tecnologias elétricas para veículos, que apesar de já ter evoluído bastante desde os primeiros projetos realizados, ainda há muito o que melhorar quando se pensa em otimização, pelo tamanho dos componentes versus capacidade.
Seguindo com o contraste clássico e moderno, o painel recebe uma tela de 4,3 polegadas que, além de passar as informações essenciais para o uso da scooter, tem recursos como bluetooth e emparelhamento com o celular, possibilitando a realização de chamadas e envio/recebimento de mensagens de texto. Segundo a Vespa , a Elettrica é a base do desenvolvimento da que trarão mais tarde, a Elettrica X, que contará com um gerador a gasolina para o motor elétrico e renderá uma autonomia de até 200 km, o dobro da versão somente elétrica.
Matéria feia Por Guilherme Menezes | 12/09/2018 14:28 - Atualizada às 28/02/2019 14:19
Ref.: https://carros.ig.com.br/
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