Postado em 10/07/2019 18:13 - Edição: Marcos Sefrin
Lançado na Europa em 1993, para suceder o BX, o Citroën Xantia era um notchback (carroceria de dois volumes e meio) de linhas retas, capô longo e baixo, com faróis e grade finos, para melhor aerodinâmica. A traseira, ao contrário, era alta e lembrava o BMW 325i da época. A inspiração veio do luxuoso XM, mas o Xantia tinha porte médio, com 4,44m de comprimento e 2,74m de distância entre-eixos.
O interior era espaçoso para três pessoas. O painel tinha desenho conservador, integrando instrumentos, saídas de ar centrais e gabinetes do som e controle do ar condicionado em uma única peça. No lado do carona, acima da área do porta-luvas, havia uma barra de segurança. Um detalhe era o teclado para digitar um código antes da ignição, localizada à frente da alavanca do câmbio, sem o qual ele não dava partida. O porta-malas comportava 317 litros.
Mecanicamente o destaque era a suspensão Hydractive (hidroativa), formada por esferas preenchidas por fluido e nitrogênio, que se adaptava às condições do terreno, tanto para manter o conforto quanto para compensar as forças que atuam em acelerações, frenagens e curvas.
A altura de rodagem podia ser ajustada entre quatro níveis. Apenas os dois intermediários serviam à rodagem, sendo o mais alto para pisos muito desnivelados. O mais baixo destinava-se a serviços no sistema, e o mais alto, à troca de pneu: bastava elevar o carro, colocar um calço e fazê-lo baixar para que a roda em questão ficasse no ar, sem usar macaco. Além disso, as rodas traseiras também esterçavam.
O Xantia chegou ao Brasil em 1994, em duas versões: VSX-A e 16S. A primeira tinha motor 2.0 de oito válvulas, 123 cv e câmbio automático, mas a top tinha motor 2.0 de 16 válvulas, 157 cavalos e câmbio manual. Veio para enfrentar outros importados de mesmo porte como o Peugeot 405, Honda Accord e os de tamanho maior como Ford Taurus e o nacional Chevrolet Omega, por causa da faixa de preço nos 45 mil dólares na época. Hoje, no mercado de usados, está valendo R$ 5.116, segundo a FIPE.
A versão VSX já oferecia ar condicionado automático, direção assistida, trio elétrico, freios ABS e a suspensão com oito esferas, além do comando eletrônico. A 16S adicionava bancos em couro, banco do motorista com regulagem elétrica e rodas de liga-leve de 15 polegadas. O airbag para o motorista só chegou no segundo lote, ainda como opcional.
Em 1995, chegava a versão Activa, com 10 esferas na suspensão, garantindo ainda mais estabilidade nas curvas e substituindo o 16S. O motor vinha do VSX, com câmbio manual e acrescido de aerofólio, para-choques maiores e disqueteira. O airbag para motorista passou a ser de série em todas as versões.
Em 1996, o Xantia ganhava a versão básica SX, com motor 2.0 de oito válvulas, suspensão de seis esferas sem controle eletrônico, freios ABS opcionais e retrovisores externos e vidros traseiros manuais. O motor 1.8 de 16v (112 cv) logo substituía o 2.0. O Activa passava a ter turbo no motor 2.0, com 150 cavalos. O airbag para passageiro se tornava opcional para toda linha. No mesmo ano, chegava a perua Break, construída pela encarroçadora francesa Heuliez, que tinha estilo até mais elegante que o notchback. Seu porta-malas tinha 510 litros. Chegou nas versões SX e VSX.
Para 1997, o SX ficava mais equipado com retrovisores elétricos e ar condicionado automático. O motor 2.0 16v perdia potência, que caía para 126 cv com câmbio automático e 138 cv com o manual. O Activa passava a ser impulsionado por um motor V6 3.0 de 24 válvulas e 194 cv.
Em 1998, o Xantia ganhava um face-lift que integrava a grade ao capô e mudava o nome das versões. SX e VSX passavam a se chamar, respectivamente, GLX e Exclusive. A primeira recebia airbags para motorista e passageiro, freios ABS e limpador de pára-brisa com sensor de chuva. Também ficava mais potente com o motor de 138 cv e ainda ganhou opção de câmbio automático adaptativo.
A Exclusive adicionava airbags frontais e laterais, bancos em couro com ajuste elétrico e detalhes em madeira nas portas e no painel. Só tinha câmbio automático e podia ter motor 2.0 16v ou V6 3.0 24v. O Active só se diferenciava pelo câmbio manual e o aerofólio. O Xantia foi importado até 2001, quando foi substituído pela primeira geração do C5. Foram 6.146 unidades vendidas para clientes satisfeitos com o conforto e estabilidade, mas reclamando dos custos de manutenção.
EDIÇÃO DE TEXTO: GUSTAVO DO CARMO, COM INFORMAÇÕES DO SITE BESTCARS
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Ref.: http://novoguscar.blogspot.com/
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