Postado em 23/07/2018 13:42 - Edição: Marcos Sefrin
Paranhos abriu na noite de domingo o 2º Congresso Internacional de Acolhimento Familiar, junto com personalidades referência no setor em que Cascavel serve de experiência exitosa para o Brasil
A nossa cidade está sediando, desde a noite de domingo dia 22 e com uma programação que segue até quarta-feira dia 25 no Anfiteatro Emir Sfair, o 2º Congresso Internacional de Acolhimento Familiar que foi aberto com a presença de várias autoridades que foram recepcionadas pelo prefeito Leonaldo Paranhos, que manifestou "a alegria de ser prefeito num momento em que Cascavel é exemplo para o mundo com um programa como este".
O chefe do Executivo lembrou à mesa de honra e aos participantes do encontro, que "o sonho de todo prefeito é ter uma cidade justa", ou seja, que esteja sim edificada, que tenha boas obras, que conte com renda horizontal, com boas atrações para a população... mas, uma cidade que deve ser também acolhedora, que pensa nas pessoas, no ser humano. "E eu tenho que agradecer a Deus pela oportunidade de ser prefeito neste momento, e encontrar aqui uma cidade que é referência em Acolhimento Familiar".
Paranhos reconheceu o pioneirismo do juiz Sérgio Kreuz, que plantou a semente ainda em 2006 para que o programa fosse implantado e agradeceu o empenho, desprendimento e exemplo das famílias que aceitam o desafio de ingressar neste programa. Doze anos após o início dessa iniciativa, Cascavel conta atualmente com 163 famílias acolhedoras e 253 crianças, adolescentes e jovens nessas moradias. Sem isso, estariam vivendo em abrigos que hoje deixaram de existir, segundo o juiz Sérgio Kreuz, para quem "é uma alegria voltar a Cascavel num momento tão especial como este". Ele lembrou que a participação de toda a rede de proteção é fundamental para garantir o sucesso do serviço que apresenta resultados superiores aos imaginados no início.
O Acolhimento Familiar é uma medida protetiva, temporária e excepcional, prevista em lei pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Funciona como uma alternativa ao acolhimento institucional (abrigos e casas lares) para crianças e adolescentes com idade até 21 anos que encontrem-se em situação de risco social e que estão afastados de suas famílias de origem por decisão judicial. Ocorre quando há uma transferência temporária dos direitos e deveres parentais dos pais biológicos para uma família acolhedora, previamente cadastrada, selecionada e vinculada a um programa, depois de passar por capacitação e, ainda assim, recebe acompanhamento dos serviços de apoio do Município.
Em Cascavel o investimentos anual feito pelo Município neste serviço chega a R$ 4 milhões. Mensalmente, o Estado repassa R$ 20 mil e a União R$ 40 mil como suporte. O restante do valor é proveniente de recursos próprios do Município. A bolsa auxílio equivale a cerca de R$ 900,00 por acolhido e uma bolsa e meia em casos de necessidades especiais. Segundo o secretário de Assistência Social, Hudson Moreschi Júnior, "é um serviço exemplar, que a cada dia é mais aprimorado, resultado de uma construção coletiva que Cascavel orgulha-se em ser referência".
Presenças
Na abertura, ontem, também participaram a coordenadora da Proteção Social do Estado, Juliane Santos; o desembargador Mário Helton Jorge, corregedor de Justiça do Paraná; o juiz da Vara da Infância e Adolescência de Cascavel, Fabrício Mussi, entre outras autoridades locais, estaduais e internacionais, que assistiram à palestra de abertura “O Acolhimento familiar de crianças e jovens em Portugal: Conceitos, práticas e desafios”, que foi proferida pelo professor na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto/Portugal, João Paulo Ferreira Delgado.
Programação
O congresso que reúne profissionais da Vara da Infância e Juventude, conselheiros tutelares, assistentes sociais, psicólogos, advogados, organizações não governamentais, estudantes e interessados na área está dividido em palestras, debates e workshops práticos, conforme a programação que pode ser acessada neste link.
Ref.: http://www.cascavel.pr.gov.br
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