Postado em 25/08/2023 16:40 - Edição: Bruno Wisniewski
Para os filósofos gregos, a amizade sempre foi a expressão da virtude. Pitágoras, que dirigia
pessoalmente um grupo de filósofos amigos, chamava a amizade de “mãe de todas as virtudes”.
Sendo assim, só podem firmar uma amizade pessoas que se esforçam para serem virtuosas, e nas
quais está uma boa semente. Quem só gira em torno de si é prisioneiro de si mesmo e incapaz de
amizade. Mesmo considerando todos os pressupostos humanos, para o surgimento de verdadeira
amizade, as pessoas sempre experimentaram também, que é uma dádiva de Deus, quando duas
pessoas se unem mais intimamente.
Um dos maiores filósofos gregos, Platão, diz assim: “Deus faz os amigos, Deus traz o amigo para o
amigo”. Da amizade, diz Platão: “senti-la um pouco o mistério de Deus”. A amizade não se pode
fabricar, na dádiva da amizade as pessoas pressentem o olhar carinhoso de Deus, o que a teologia
entende por Graça. Os amigos muitas vezes não sabem por que se tornaram amigos e como surgiu a
amizade, há sempre algo misterioso encobrindo a amizade, de repente ela está aí. Deus abriu as
portas de meu coração exatamente para esta pessoa. Para Platão, só pode ser amigo do outro quem
é amigo de si mesmo, quem age amigavelmente consigo mesmo. Amizade consigo mesmo significa
colocar em ordem a própria alma e direcioná-la para o bem; mas para descobrir o segredo de minha
alma preciso, segundo Platão, de um amigo que ajude a me voltar cada vez mais para o bem. Essa
colocação é muito importante; quando alguém se queixa de não ter ninguém que lhe seja próximo,
eu posso perguntar: Você é amigo de você mesmo? Às vezes esperamos tudo dos outros, mas só
poderemos usufruir da proximidade do amigo se nós mesmos gostamos de estar próximos de nós, se
agirmos amigavelmente conosco mesmo. Eu desejo que você tenha amigos, seja amigo!
Ref.: contato@padreezequiel.com.br
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