Postado em 09/01/2020 15:31 - Edição: Marcos Sefrin
A ONU alertou sobre a ação na Colômbia de grupos armados ilegais, organizações criminosas e carteis da droga, situação que hoje mantém várias comunidades como alvos de violência e intimidação.
Bogotá, 6 jan (Prensa Latina)
Assim explicou o Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres, em uma nota de imprensa ao Conselho de Segurança sobre o Relatório trimestral (de 27 de setembro a 26 de dezembro) da Missão de Verificação na Colômbia.
Esse relatório relata como as comunidades, os defensores de direitos humanos, os líderes sociais e as pessoas envolvidas na implementação do Acordo de Paz (assinado em 2016 pelo Estado e a ex-guerrilha FARC-EP), são vítimas permanentes de violência e intimidação por parte de grupos armados ilegais, organizações criminosas e carteis da droga.
O Secretário Geral manifestou ‘sua preocupação pelas consequências, particularmente para as comunidades étnicas, da luta entre grupos armados ilegais no corredor de tráfico ilícito que se estende desde a região do Baixo Cauca, no departamento de Antioquia, até o departamento de Chocó, bem como a violência incessante no departamento de El Cauca’.
Apesar das melhoras na segurança em geral, depois da assinatura do Acordo de Paz, os vários casos que continuam se apresentando em algumas regiões confirmam o desafio ainda pendente de estabilizar os territórios, disse.
Desde então, o Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos tem verificado 303 assassinatos de defensores de direitos humanos e líderes sociais, 86 dos quais ocorreram em 2019 (incluindo 12 mulheres).
O Secretário Geral também reiterou seu chamado ‘para que se adotem medidas mais efetivas para proteger a vida dos e das ex-combatentes, considerando especialmente que 2019’ foi o ano mais violento para os ex-membros das FARC-EP.
Também reafirmou o chamado ‘para que se adotem medidas mais efetivas para proteger a vida dos líderes sociais, os defensores dos direitos humanos e as pessoas envolvidas na implementação do Acordo de Paz, incluindo medidas específicas para as líderes e defensoras e para as e os líderes indígenas e afrocolombianos.’
O Relatório será apresentado pelo representante especial do Secretário Geral na Colômbia, Carlos Ruiz Massieu, perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas em Nova York no próximo dia 13 de janeiro.
Ref.: http://www.patrialatina.com.br/
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