Postado em 22/07/2019 13:56 - Edição: Marcos Sefrin
A Administração Marítima do Panamá (AMP) condenou hoje o uso de navios com bandeiras deste país para atos ilícitos, ao confirmar que o petroleiro RIAH foi detido pelo Irã porque transportava petróleo de contrabando.
Panamá, (Prensa Latina)
‘Condenamos rotundamente a utilização de navios com bandeira panamenha para atos ilícitos que atentem contra a segurança da vida humana; e aqueles que claramente violem as leis, convênios e acordos internacionais se verão sancionados e correrão o risco de que a nave seja cancelada do Registro’, assinalou a AMP em um comunicado.
Segundo sites internacionais especializados, a embarcação mudou quatro vezes seu nome entre 2009 e 2019, e é propriedade de Prime Tankers LLC, com sede em Dubai, Emirados Árabes Unidos (EAU), mas essa empresa assegurou à imprensa que o vendeu à companhia Mouj Al-Bahar, também localizada na mesma cidade.
Na sexta-feira passada, o Registro de Navios de Panamá iniciou de ofício o processo de retiro da matrícula, segundo a AMP, porque argumentou que os interesses nacionais e da comunidade mundial ‘são fortemente afetados’ quando estes atos põem em risco às tripulações e ao comércio internacional.
‘A decisão foi tomada de se realizar uma investigação interna na qual se solicitou informação aos agentes residentes e representantes legais da nave, se detectando que a mesma violou regulações internacionais de maneira deliberada’, assinalou a autoridade istmenha.
Isto deitou por terra as especulações de meios internacionais de imprensa e dos governos estadunidense e israelense de que a detenção no Estreito de Ormuz fez parte das tensões criadas pelas sanções dos Estados Unidos contra o Irã e seu apoio por parte do Reino Unido.
O site oficial da Armada da Guarda da Revolução Islâmica (IRGC, por suas siglas em inglês) informou que no domingo 14 de julho ‘apreendeu o petroleiro com 12 membros da tripulação quando ia entregar a navios estrangeiros em zonas distantes o combustível de contrabando que tinha recebido de contrabandistas iranianos’.
Antes, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Abbas Mousavi, anunciou que seu país ajudou a um petroleiro estrangeiro no Golfo Pérsico após captar um sinal de auxílio do barco, que tinha dificuldades técnicas e o levaram às águas iranianas onde fariam o reparo necessário.
O Riah, com o IMO 8816455 (número único da cada nave) e bandeira panamenha, apagou seu rastreador na noite do sábado 13 de julho e desapareceu do mapa de controle de tráfico marítimo, o que gerou hipótese mal-intencionadas, porque sua última posição foi próxima à ilha Larak, no Estreito de Ormuz, em frente à costa iraniana.
Ref.: http://www.patrialatina.com.br/
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