Postado em 19/12/2018 11:31 - Edição: Marcos Sefrin
O Natal é a celebração do nascimento de Jesus de Nazaré. Deus vem fazer morada no meio de nós.
Ele é o Emanuel, que significa exatamente “Deus está conosco, Deus está entre nós”.
Na linguagem bíblica, Ele armou uma tenda no meio de nós.
Está ao nosso lado, veio para caminhar conosco, acompanhar a nossa história.
O Natal celebra esse acontecimento. É tempo de alegria porque celebramos o encontro entre Deus e o ser humano. Ninguém fica excluído desse encontro. Deus veio para todos e sua luz quer iluminar todas as pessoas. As angústias e os sofrimentos sofrem o impacto dessa boa notícia. Por isso, os corações tristes podem experimentar alegria. O nascimento do salvador traz luz às trevas do mundo. Abre a esperança e impulsiona os corações para o amor e a fraternidade universal. Todos, porém, são impactados por essa notícia? Certamente não.
Em nossa sociedade plural o Natal também vai sofrendo transformações. O sentido já não é único e nem se concentra somente no menino da manjedoura. Os vários sentidos, no entanto, continuam ligados a uma sensibilidade mais apurada para as coisas do bem, ao amor e ao encontro com famílias e amigos. Isso, por si só, é efeito da força que emana do sentido profundo do Natal, que no menino da manjedoura traz um significado tão forte de amor universal, que marca as diversas experiências, mesmo que não sejam estritamente religiosas. Ou seja, para muitos o Natal não passa pela religião, mas para que seja Natal, as pessoas percebem que precisa haver algo que vá além daquilo que nós sempre fazemos. A data exige, de alguma forma, uma sensibilidade e uma atitude diferente. E se alguém não percebe isso, então não viveu o Natal. Simplesmente passou mais uma vez pelo Natal. Essas pessoas normalmente passam por todas as datas significativas sem serem tocadas, sem deixar-se tocar por nada. São pessoas que não desfrutam o sabor e o significado dos momentos. Vivem uma vida vazia. Para muitos não há Natal, não há Pascoa, não há celebração de aniversario, nem da conquista do filho, nem da vitória do time. Nada os tira de uma vida de marasmo. Vivem o preto e branco da vida, sem cor, sem sabor.
A leitura que você está fazendo mostra que tens outro posicionamento. Quero sugerir que no Natal dê um destaque especial ao presépio, ao menino da manjedoura. Permaneça o maior tempo que puder contemplando a cena do Natal. Reparta com seus amigos e com a família essa experiência. Faça a imagem do menino Jesus passar de mão em mão, acompanhada do silêncio ou por fundo musical natalino. Abrace, reze, reparta presentes e desejos de paz, amor e bondade com todos. Una essa experiência à prática religiosa a qual está acostumado. Mas, por favor não deixe essa data passar em branco. Faça algo! Não quero pensar que você é uma pessoa que deixa as boas oportunidades passarem. Jesus nasce para mim, para você, para o mundo. Ele quer ser acolhido em nossos corações. Na hospedaria não havia lugar para ele. Nasceu na simplicidade da estrebaria. Que a manjedoura de hoje, para acolhê-lo, seja o nosso coração, a nossa casa, a empresa, as nossas inquietações, as nossa angústias, enfim, aonde ele puder nascer, ali, haverá mais alegria e um Feliz Natal.
Padre Ezequiel Dal Pozzo - contato@padreezequiel.com.br
Ref.: Jornal Mercadão
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