Postado em 22/03/2019 08:44 - Edição: Marcos Sefrin
Mais da metade dos países voltou ao sistema público.
A privatização da previdência fracassou na maioria dos países que adotou o sistema de capitalização, comprova o estudo “Revertendo as Privatizações da Previdência – Reconstruindo os sistemas públicos na Europa Oriental e América Latina”, divulgado nesta segunda-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O modelo de capitalização é o que a equipe econômica do Governo Bolsonaro pretende implantar no Brasil. De acordo com a OIT, de 1981 a 2014, 30 países privatizaram total ou parcialmente seus sistemas de previdência social, sendo 14 da América Latina.
Após a crise financeira global de 2008, 18 países reverteram total ou parcialmente a privatização da previdência, entre eles Venezuela (2000), Equador (2002), Nicarágua (2005), Bulgária (2007), Argentina (2008), Eslováquia (2008), Bolívia (2009), Hungria (2010), Polônia (2011) e Rússia (2012).
O estudo mostra que sistemas de capitalização aumentaram a desigualdade de gênero e de renda, os rendimentos e os valores das aposentadorias são baixos e quem se beneficiou com as poupanças dos trabalhadores e trabalhadoras foi o sistema financeiro.
Os técnicos da OIT constataram a importância de reforçar o seguro social público, associado a regimes solidários não contributivos.
Em outra pesquisa divulgada nesta segunda (General Survey 2019), a OIT constata que mais da metade da população mundial não tem acesso a cuidados essenciais de saúde e apenas 29% têm cobertura abrangente de seguridade social. O estudo foi realizado em mais de 100 países.
Apenas 68% das pessoas em idade de aposentadoria recebem alguma forma de pensão e, em muitos países de baixa renda, esse percentual cai para apenas 20%. Em levantamento anterior, a Organi-zação mostrou que mais da metade dos trabalhadores na América Latina não contribui para um sistema de seguridade social.
Ref.: https://monitordigital.com.br/
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