Postado em 15/01/2019 17:02 - Edição: Marcos Sefrin
Astrônomos ainda detectaram 13 sinais misteriosos em poucas semanas
ILUSTRAÇÃO DE RAJADA RÁPIDA DE RÁDIO
Cientistas detectaram repetidas ondas de rádio vindas a 1,5 mil anos-luz de distância no espaço. Segundo eles, é a segunda vez que ocorre a detecção de sinais tão constantes.
Rajadas rápidas de rádio (FRB, na sigla em inglês) ainda são um mistério para a astronomia. Análises mostram que elas duram apenas milisegundos, mas têm a mesma quantidade de energia que o Sol leva 12 meses para gerar.
Em dois estudos publicados no periódico Nature, os cientistas explicam que, das mais de 60 rajadas rápidas já detectadas, apenas uma havia se repetido no mesmo local. “Saber que há outra sugere que pode haver mais. E com mais repetições e mais fontes disponíveis para estudo, podemos ser capazes de entender de onde elas vêm e o que as causa”, disse Ingrid Stairs, astrofísica da Universidade da Colúmbia Britânica, no Reino Unido, em entrevista ao The Independent.
Ter duas explosões repetidas também pode permitir que os astrônomos entendam o que as distingue de rajadas únicas.
Explosões
Cientistas afirmam que, recentemente, ocorreram 13 explosões em apenas três semanas.
Elas foram descobertas pelo radiotelescópio Canadense de Mapeamento de Intensidade de Hidrogênio, do Observatório Astrofísico de Rádio Dominion, na Colúmbia Britânica.
Alguns pesquisadores se preocupavam com a faixa de frequências do radiotelescópio, considerada baixa. Contudo, o equipamento detectou mais rajadas do que o esperado.
Dos 13 novos sinais, pelo menos sete foram gravadas a 400 MHz – a menor frequência de descoberta por enquanto. Isso sugere que pode haver sinais baixos demais para serem identificados.
“Qualquer que seja a fonte dessas ondas de rádio, é interessante ver a amplitude de frequências que ela pode produzir", afirmou Arun Naidu, da Universidade McGill, no Canadá.
"Existem alguns modelos em que a fonte não consegue produzir nada abaixo de uma certa frequência."
“As fontes podem produzir ondas de rádio de baixa frequência, que podem escapar de seu ambiente e não estão muito espalhadas para serem detectadas no momento em que chegam à Terra",
informou Tom Landecker, do Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá. "Isso nos diz algo sobre os ambientes e as fontes. Não resolvemos o problema, mas há muitas outras peças no quebra-cabeça."
MATÉRIA FEITA POR REDAÇÃO GALILEU 10/01/2019 - 09H20/ ATUALIZADO 09H20 / (FOTO: NRAO OUTREACH/T. JARRETT (IPAC/CALTECH); B. SAXTON, NRAO/AUI/NSF)
Ref.: https://revistagalileu.globo.com
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