Postado em 18/07/2019 10:05 - Edição: Marcos Sefrin
Espaços antes improdutivos são transformados em lugares de cultivo e socialização.
Foto: Lucilia Guimarães/SMCS
João queria se livrar da sujeira do rio do bairro. Rosélia precisava acabar com o mato alto no terreno usado como refúgio de marginais. Priscila e as vizinhas desejavam o fim do descarte irregular de entulhos em frente as suas casas e ao lado de uma escola.
A mudança em três ruas do bairro Santa Cândida aconteceu quando moradores tomaram uma atitude: tornaram-se voluntários no plantio de jardins e hortas. Agora os espaços, além de embelezar, estão servindo para incentivar outras pessoas da comunidade a preservar a natureza.
Tudo começou quando o aposentado João Batista da Silva resolveu imitar um grupo de pessoas que se uniram em mutirão para limpar um trecho da margem do Rio Atuba. “Se eles faziam, eu também poderia e deveria fazer algo para cuidar do meu canto”, conta ele.
Distante algumas quadras dali, a aposentada Rosélia Koppen sentiu-se motivada com a ação do seu João e também decidiu tornar-se uma agente de transformação. Criou um jardim florido à beira do rio, onde o bairro faz divisa com o município de Colombo. Foi a solução para acabar como matagal que a deixava insegura.
Foto: Lucilia Guimarães/SMCS
Foto: Lucilia Guimarães/SMCS
Na imagem, Priscila Naldoni e Osmar da Cruz. Foto: Lucilia Guimarães/SMCS
Na imagem, canteiro da D. Rosélia Koppen. Foto: Lucilia Guimarães/SMCS
Rosélia Koppen, Adelir e Gilmar de Oliveira. Foto: Lucilia Guimarães/SMCS
Depois de limpar o terreno Rosélia plantou mudas de flores que foi buscar em Jaguariaíva, na região dos Campos Gerais, na casa da família. “Agora eu tenho um pouquinho da minha cidade natal aqui em Curitiba”, diz.
A tarefa de podar, regar e varrer o terreno é diária e feita com dedicação pela moradora.
“AQUI É O MEU PARAÍSO E SOU REALIZADA EM CUIDAR. EM VEZ DE CANSAÇO O QUE EU SINTO É SATISFAÇÃO”, DESTACA ROSÉLIA KOPPE.
O cuidado com o espaço no bairro é valorizado pelos outros moradores. “Ela é tão caprichosa que acabou contaminando outras pessoas a cuidarem melhor das frentes das suas casas”, conta a dona de casa, Adelir Nunes Oliveira. A iniciativa de Rosélia também rendeu reconhecimento público e certificado conferido pela Prefeitura de Curiitba, no início deste mês.
Moradores criam espaço de cultivo e socialização
Rosélia inspirou moradores da Rua Avicena, algumas quadras acima, que se uniram para revitalizar um espaço antes improdutivo e transformá-lo em um lugar de cultivo e socialização.
A Bela Hortinha, como foi batizada, fica ao lado da Escola Municipal CEI Bela Vista do Paraíso e em frente à casa da maquiadora Priscila Naldoni e do cobrador de ônibus Osmar Fernandes da Cruz, integrantes do grupo que cultiva o espaço.
Foto: Lucilia Guimarães/SMCS
Foto: Lucilia Guimarães/SMCS
Foto: Lucilia Guimarães/SMCS
Foto: Lucilia Guimarães/SMCS
Foto: Lucilia Guimarães/SMCS
Os moradores alugaram máquinas, compraram terra, sementes e conseguiram o engajamento da comunidade. Os canteiros são decorados com caixotes e pneus coloridos transformados em personagens infantis. Tem vaso em formato de Minions, personagem de animação infantil, borboleta, centopeia e outros bichinhos divertidos.
Quem contribui com material ou com o trabalho tem direito a colher parte da produção.
“AS VERDURAS FRESQUINHAS SÃO ÓTIMAS, MAS NADA SE COMPARA A TERAPIA QUE É CULTIVAR A TERRA E VER A RUA CADA VEZ MAIS BONITA”, CONTA PRISCILA NADOLNI.
No mesmo período em que a turma iniciou o trabalho, a Prefeitura, atendendo à reivindicação dos moradores, instalou no terreno ao lado, uma academia ao ar livre. “Aprendemos o caminho e solicitamos também melhorias na iluminação”, disse Priscila.
O pedido foi feito pelo grupo por meio da Central 156, canal de comunicação entre a Prefeitura e a comunidade e atendido.
Matéria feita Por Redação CicloVivo - 28 de junho de 2019
Ref.: https://ciclovivo.com.br/
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