Postado em 14/08/2018 09:16 - Edição: Marcos Sefrin
Você conhece algum adolescente que é muito agitado, impulsivo e se distrai facilmente? E ele gosta de ficar muitas horas em frente às telas do computador e smartphones?
Fique atento, pois ele pode ter Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
E pior: o uso excessivo de tecnologias digitais pode, sim, aumentar de maneira significativa os comportamentos relacionados com o TDAH.
É o que descobriram cientistas da Universidade do Sul da Califórnia (USC) em recente estudo intitulado "Associação de Uso de Mídia Digital com Sintomas Subsequentes de Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade entre Adolescentes".
Embora esse não seja o caso de todos, muitas pessoas sentem que sua atenção foi reduzida, possivelmente em relação ao uso crescente de mídia digital.
Para quem ainda não conhece, o TDAH, que atinge entre 3 e 6% da população mundial, segundo a comunidade médica e científica brasileira,
é uma doença neuropsiquiátrica crônica, que se inicia na infância, mas que pode acompanhar o indivíduo ao longo de seu desenvolvimento.
Muitos adolescentes e adultos deixam de manifestar os sintomas do TDAH naturalmente, mas cerca de 50% das pessoas com o transtorno continuam manifestando os sintomas do TDAH ao longo da vida adulta.
Os três principais sintomas são desatenção; hiperatividade e impulsividade.
Eles podem se dar em conjunto ou separadamente, dependendo do momento de vida de cada um.
Adam Leventhal, professor de medicina preventiva e psicologia da Keck School of Medicina da USC e principal autor do estudo, explica que “o que há de novo é que estudos anteriores sobre esse assunto foram feitos há muitos anos, quando mídias sociais, telefones celulares, tablets e aplicativos móveis não existiam. Novas tecnologias móveis podem fornecer estimulação rápida e de alta intensidade, acessível o dia todo, o que aumentou a exposição à mídia digital muito além do que foi estudado antes”.
Um total de 2.600 adolescentes (15 ou 16 anos) de Los Angeles foram acompanhados durante dois anos, de 2014 a 2016.
A equipe de pesquisa monitorou as atividades de mídia digital e os potenciais sintomas de TDAH.
Quatorze atividades, incluindo redes sociais, mensagens de texto, compras on-line, bate-papo por vídeo, streaming de vídeos ou música e leitura de conteúdo on-line foram levadas em conta.
Dos 114 alunos que participaram da metade dessas atividades, 9,5% relataram sintomas de TDAH.
Mas o número subiu para 10,5% entre aqueles que participaram de todas as 14 atividades.
Por outro lado, entre os 495 estudantes que não eram usuários frequentes de qualquer atividade digital, apenas 4,6% relataram sintomas de TDAH.
As associações observadas foram "persistentes durante todo o período de acompanhamento", segundo Leventhal.
Apesar de não poder provar que aparelhos como celular, tablet e computador causaram os transtornos, a pesquisa mostrou uma associação estatisticamente significativa e “pode-se dizer com segurança que os adolescentes que estiveram expostos a maiores níveis de consumo de meios digitais são significativamente mais propensos a desenvolver sintomas de TDAH no futuro”, acrescentou o chefe da pesquisa.
MAS ATENÇÃO: nem toda criança, adolescente e adulto que apresentam sinais de agitação (hiperatividade), desatenção e/ou impulsividade tem TDAH.
Realizar o diagnóstico correto é fundamental para garantir um melhor tratamento e qualidade de vida de quem tem o transtorno.
Este é um blog de notícias sobre tratamentos caseiros. Ele não substitui um especialista. Consulte sempre seu médico.
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