Postado em 04/02/2020 18:31 - Edição: Marcos Sefrin
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar suspeitas sobre o chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), Fabio Wajngarten.
De acordo com a Folha de São Paulo, a medida atende a um pedido feito na semana passada pelo MPF (Ministério Público Federal) em Brasília.
O objetivo é apurar supostas práticas de corrupção passiva, peculato (desvio de recursos por agente público) e advocacia administrativa (patrocínio de interesses privados na administração pública).
A investigação ficará a cargo da Superintendência da PF em Brasília.
O caso correrá em sigilo.
A solicitação do MPF foi feita a partir de representações apresentadas por diversos cidadãos.
Wajngarten é sócio de uma empresa, a FW Comunicação, que recebe dinheiro de emissoras de TV, entre elas Record e Band, e de agências contratadas pela própria Secom, ministérios e estatais do governo Jair Bolsonaro.
Na gestão dele, as clientes passaram a receber porcentuais maiores da verba de propaganda da secretaria.
O secretário também é alvo de processo no TCU (Tribunal de Contas da União) por suposto direcionamento político de verbas de propaganda para TVs consideradas próximas do governo, principalmente Record, SBT e Band – o que afrontaria princípios constitucionais, entre eles o da impessoalidade na administração pública.
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